Tic-tac, tic-tac... Ainda com sua chupeta na boca e a ponta do seu
cobertor preferido da mão esquerda, deixando-o cair sobre o chão,
João olhava atentamente ao antigo relógio de mogno, posto à
parede, que sempre o assustava. Meia noite e meia. Era uma daquelas
noites frias de verão sulista, da qual a lua reinava poderosa lá no
céu e se podia ver na manhã seguinte uma película de orvalho
gelado cobrindo toda a relva. Do lado esquerdo do cômodo, a janela
aberta dava passagem ao vento, que lá fora fazia as árvores
referenciá-lo, e as cortinas, que eram de um pano grosso e pesado,
dançarem, produzindo penumbras enormes na parede oposta. A lareira
estava apagada, mas ainda se via a fumaça do braseiro recente. João
tentou o interruptor de luz, mas esta não acendera. Ao longe, vindo
de um dos quartos, provavelmente, escutava-se um som de rádio que
dizia:
-
Alerta a todos do município, a formação de um ciclone
foi identificada ao sul do litoral do estado do Rio Grande do Sul, há
grande possibilidade de tempestade e ventos de mais de 160
quilômetros por hora. Procurem um lugar seguro pra se protegerem.
Isto não é uma simulação.
(Sonhei com isso esta noite, acaba aqui.)
(Deyvid Peres)
Não vale, quero a continuação!!
ResponderExcluirAdorei o início do texto e acho que rende uma boa história!!
Já estou seguindo o blog, gostei muito mesmo!
Beijos
www.serleitora.com.br
Obrigado! Hahaha.
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