Plainavam olhando aquele céu púrpuro. Estrelas rosas e
amarelas passavam a 80 km/h por eles. Ao fundo explosões de cores em mil
galáxias se chocando. Feixes de luz de todas as dimensões espalhavam-se pela
imensidão do nada. A cabeça pesada os avisava que continuavam ao chão, mas o
corpo leve os fazia levitar. No início não havia som algum. Mas aos poucos, uma
a uma, caíam gotas de orvalho produzindo pequenos sons de sinos ao tocarem
seus rostos. Era um concerto sincronizado de luz e estrondo. O tempo já não
tinha o mesmo compasso e sincronia de sempre. Às vezes tão rápido quanto o
pensamento e outras tão lento que dava pra notar as imagens formadas dentro das
gotas que caiam. Sentiam-se sozinhos, únicos, e ao mesmo tempo amparados pela
presença um do outro. Luciana despertou para o mundo velho quando os raios da
estrela maior já lhe feriam a pele. Era a primeira vez que experimentava toda
aquela loucura consciente. Não conseguiria explicar tal sensação nem que se
esforçasse muito. Talvez fosse como cair pra cima. Exato, cair pra cima. Foi
como se resolveu.
Adorei o texto. Por acaso ele é continuação de alguma outra escrita?
ResponderExcluirGostei do trecho final:
"Talvez fosse como cair pra cima. Exato, cair pra cima. Foi como se resolveu."
É a minha primeira visita aqui..
Parabéns pelo blog, ele é lindo!
Beijo grande.
Thati;
http://nemteconto.org
Oi, Thati!
ExcluirÉ continuação de uma coisa maior sim. Eu tenho essa mania, escrevo e só publico os trechos dos quais tenho segurança. =)
Obrigado pelo comentário!
Oi Deyvid,
ResponderExcluirQue texto maravilhoso! Chegando aqui no seu blog agora e me encantando com tudo!
Abraços!
www.senhordoseculo.com
Que bom, Dimas! Seja bem-vindo! =)
ExcluirAbraços.